Olá meninas, hoje o post será 2 em 1. Primeiro, queria me re-apresentar: Eu sou a Rafa, láa do comecinho do blog, lembram? Deixei completamente o blog após adentrar no mundo obscuro de pré-vestibulanda, e agora que já passei de nível (hehe), já posso voltar a fazer o que eu mais gosto: escrever. Pra quem não lembra, clique aqui para reler a minha apresentação. Sem mais delongas, vamos ao assunto do post: intercâmbio.
Seja por vontade de conhecer lugares novos, outras culturas, para aprender idiomas novos ou para adquirir mais responsabilidade, a experiência de um intercâmbio é muito bem vinda, principalmente na nossa faixa etária. Acho fundamental que, ao entrar na vida adulta, tenhamos algumas das nossas dúvidas respondidas. Para isso, acho que nada melhor do que um tempo longe do berço, da proteção dos pais, e tendo que se virar sozinha e ganhar independência.
Eu, por exemplo, escolhi o programa de Au Pair, por ser o que mais se encaixa no meu perfil, mas explicarei os programas depois.Independentemente do destino, três coisas são essenciais quando se trata de uma viagem de longa duração como essa: uma agência boa, muita pesquisa e muita conversa.
Quanto a agência, vale a tradição. Às vezes o dinheiro a mais que você paga em uma agência boa faz uma diferença enorme se der problema durante a viagem. Recomendo a STB (clique para ver o site), a CI e a Experimento, que foram as mais bem faladas e as que eu mais tive contato. Já fui a agências da STB e da Experimento várias vezes para conversar sobre os programas e as atendentes sempre me foram muito simpáticas e solicitas. Também tive amigas que viajaram tanto pela CI quanto pela Experimento e gostaram.
O segundo passo na decisão de ser intercambista é a pesquisa. Isso é basicamente trabalho manual, e o santo google tá aí pra ajudar, assim como o próprio site das agências. Mas nada supera o contato face-to-face para tirar todas as duvidas possíveis.
O combo supremo é esse: entrar no site, ver qual programa mais se adequa a você, ir à agência já com essa informação, tirar todas as dúvidas lá e quando voltar pra casa procurar no google todo tipo de blogs, tumblr, grupos, fóruns e etc sobre pessoas que foram e o que acharam. Quanto aos programas, vamos aos mais 'famosos':
- High School: Nome auto-explicativo. Você viaja para fora do país para fazer um ou dois anos do ensino médio na casa de uma família americana que te escolhe. Esse tipo de programa é o mais comum, e pode ser feito pra a maior parte dos países, e o processo é meio independente da sua vontade. Você precisa entregar o seu histórico escolar, uma carta pra Host Family, e outra de recomendação e um dos seus professores (geralmente o de inglês). Com esse dossiê em mãos, você vai entregá-lo pra agência e começar a rezar, fazer promessas, dormir de ponta cabeça e ajoelhar no milho para que alguma família legal que não more num recanto perdido do Texas (nada contra o Texas) te escolha. Ou seja, quanto mais perfeito o seu dossiê (ou application), maiores as chances de conseguir uma família legal pra te escolher como filha. Vale lembrar que a escolhe é uma aliança entre agência-governo-família-escola, e um dos critérios que mais contam é sim a sua aptidão escolar. Em alguns países como os EUA, passar de ano com média 5 não é aceitável na conversão pras notas de lá. Eu tive uma amiga que teve que ir pro Canadá, que é mais ''tranquilo'' em relação a isso, justamente por causa do boletim. A faixa etária é de 14 a 18 anos, variando de acordo com o país, e a duração é de: um bimestre, um semestre ou um ano.
-Cursos de indiomas: São os mais fáceis de se entrar, e existem pra basicamente todas as faixas etárias, e ministrados em escolas de inglês (ou do indioma preferido) ou em faculdades, com alunos de várias nacionalidades. Além disso, no pacote geralmente incluem vários passeios turísticos, muitas vezes viagens em grupo, tour de compras e etcs. É uma boa pra quem quer saber como é o programa mas não está disposto a passar muito tempo/ficar na casa de estranhos. É bem versátil e pode ser facilmente adaptável à diversas situações. Os mais comuns são para estudar inglês em Vancouver, NY ou Cambridge. No mesmo padrão desses existem os cursos mais específicos, tipo de moda, negócios, literatura, culinária, entre outros (essa sou eu morrendo de preguiça de fazer um tópico novo pra esses cursos)
- Au Pair: É o que eu mais sei sobre, e provavelmente o que eu vou fazer esse ano, se não der nenhum problema. Não é muito difícil de ser explicado: você vai pra um dos países onde isso é legalizado (EUA, França, Alemanha e Holanda) ser babá, em troca de um salário semanal, e junto com isso tem uma bolsa de estudos para fazer um curso no tempo livre. A carga horária é puxada, 45 horas semanais, com folgas de, pelo menos, 1 dia por semana e de 1 final de semana inteiro por mês. O curso é obrigatório, e a bolsa não pode ser convertida em nenhuma outra coisa se não estudos, além do que os créditos poderão ser necessários caso você escolha renovar. Sua obrigações são basicamente: entreter a criança, arrumar a bagunça dela, levá-la na escola/casa dos amigos/natação/qualquer outra atividade (a família geralmente disponibiliza um carro para isso). Não é, de forma alguma, um intercâmbio para 'férias'. Você vai a trabalho e precisa cumprir as suas horas, mas no tempo livre, apesar de você estar morando na mesma casa que a host family, você pode fazer o que quiser.
No meu ponto de vista, é o programa onde você mais tem liberdade de escolha, uma vez que você escolhe o período da viagem (em termos né, mas tem família o ano todo), e você que escolhe a família também, por meio de emails, telefonemas, ligações no Skype e afins. Apesar de ser um programa mais 'livre' em relação à decisões, ele também é bem mais rigoroso que os outros nos critérios de escolha. É preciso ter 18 anos, carteira de habilitação internacional, nível médio de inglês, ter concluído a escola, e ter, no mínimo, 200 horas comprovadas com crianças, isso só para começo de conversa. Além disso, você precisa que seu médico preencha um formulário, e que alguém próximo a você escreva uma carta de recomendação, além de 2 outras cartas de recomendação para comprovar as horas com crianças. A carta pra host family também é exigida e o processo de escolha dura, em média, 4 meses. Algumas agências pedem um vídeo de apresentação, para que a família conheça melhor quem está contratando. É um intercâmbio que exige bastante responsabilidade, mas que não deixa de ser uma oportunidade incrível. Dura no mínimo 1 ano, podendo ser estendido por 36, 9 ou 12 meses (no máximo).
Eu escolhi o programa justamente porque queria algo parecido com o High School, mas não tinha mais idade pra isso, e queria vivenciar uma cultura completamente diferente da minha por um período mais longo de tempo. Assim que eu fizer 18 darei entrada no processo e venho aqui contar pra vocês. Para quem quiser saber mais sobre o programa, existem vários blogs de Au Pairs contando da saga delas por aí que valem a pena.
Existem também outros programas como o de trabalho para graduados, e estágios/treineer, onde você trabalha em hotéis ou em empresas credenciadas. Há também o trabalho voluntário, que é um intercâmbio incrível que eu também espero poder fazer.
O terceiro passo, a conversa, é tão essencial quanto os outros. Essa decisão tem que ser tomada em conjunto, principalmente com seus pais. Esse é o tipo de coisa que você não tem a mínima chance de fazer sem apoio, afinal de uma forma ou de outra, você estará longe de casa, e precisará de um lugar para voltar quando tudo acabar, afinal, nada é melhor do que estar com as pessoas que você ama. Converse também com seus amigos, pergunte-os o que eles acham da ideia. Às vezes eles conseguem enxergar lados que nós não conseguimos justamente por estarem 'do lado de fora'. Mas nunca, eu disse nunca, se deixe levar somente pela opinião deles, afinal você é que vai, e não eles. Converse, acima de tudo, consigo. Veja, calcule, pense. Pergunte-se se está preparada para essa mudança e se esse é realmente o melhor momento para isso. Usar o intercâmbio como forma de escape só pode piorar as coisas. Sair de casa, mesmo que por um curto espaço de tempo, é sempre um risco. Risco de ficar com saudade, risco de imprevistos, risco de não ter com quem contar, de não entender nada, de bater arrependimento. Mas no futuro, isso será recompensado.
Se, após todos esses passos, pesquisas, conversas, e após pensar muuuuito bem nos prós e contras, ainda é isso que você quer, então corra atrás e faça do tempo que você estará fora o melhor uso possível. Se jogue nessa experiência e, acima de tudo, seja muito feliz com aquilo que você ganhou.
Qualquer dúvida, a caixa de comentários está sempre disponível.
Beijos,
Rafa
Ahhhhhh! Super amei essa postagem, e estou fazendo um post para falar sobre intercâmbio no meu blog tmb. Quero fazer AuPair, mas só quando terminar a faculdade... Adorei o post, sério!
ResponderExcluirA-M-E-I esse post. Estou esperando alguma posição do Rotary, porque prestei a prova de classificação que eles fazem ano passado. Quero muito fazer intercâmbio, mas se não der certo vou optar pelo AuPair daqui alguns anos! Beijinhos
ResponderExcluir@msanchesb
http://www.marcelasanches.com.br/
Isa e Má (olha eu intima haha), vocês estão super certas, é bom ver isso com antecedência pra poder ter tempo de escolher tudo direitinho! Se quiserem conversar sobre isso, to super aberta tá? Via twitter (@rafaellamce) ou email (mcesar.rafaella@yahoo.com)
ResponderExcluirBeijos, e que bom que gostaram do post :)
Ah, eu to preparando tudo com antecedência, apesar de ter 20 anos, acho que ainda não estou preparada para sair da casa dos meus pais por um ano, morar em outro país e ter que resolver as coisas por mim. Quero ir quando tiver mais madura.
ResponderExcluirVocê, já ouviu falar da Cutural Care? Quando for fazer, farei por ela. É uma agência especializada SÓ em intercâmbio de Au Pair, acho bem mais segura! Conheço várias garotas que foram por ela, e falam a mesma coisa: ''Ela é melhor, porque só faz esse intercâmbio então são especialistas.''
@isabseixas
http://www.blablablajournal.blogspot.com
Isa, eu já pensei na CC também, já vi varias meninas que viajaram por lá e falaram coisas boas e coisas ruins da agência também. Uma das minhas blogueiras preferidas é de lá, a Mary Mello e ela me deixou super empolgada com a CC. Mas a STB me pegou de jeito haha, eles foram muito mais atenciosos/prestativos do que a CC, além de terem muito mais tradição em intercâmbios no geral, mas agora que você falou vou dar uma segunda chance pra Cultural Care. Tô te seguindo no twitter btw :)
ResponderExcluirBeijos,
Rafa
Eu já tive vontade de fazer intercâmbio, mas como você disse, é algo que a gente tem que pensar muuuito, e talvez eu ainda não esteja preparada para isso, rs. Mas que deve ser uma experiência única, isso com certeza :P
ResponderExcluirTem sorteio rolando lá no blog :)
Menina Encanada